Fernando Justino: “É mais difícil treinar um pombo-correio que um guarda-redes de futebol”
Fernando Justino: “É mais difícil treinar um pombo-correio que um guarda-redes de futebol”
Nascido em terras albicastrenses, decorria o ano de 1960 (é natural da freguesia de Salvador, no município de Penamacor, distrito de Castelo Branco) mas, desde muito novo, habituado aos ares e às rotinas da capital portuguesa, Lisboa. A vida de Fernando Justino está ligada ao desporto, nomeadamente a duas modalidades: o futebol e a columbofilia, ou melhor, a columbofilia e o futebol, porque aos 6 anos, o agora treinador de guarda-redes da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), teve o primeiro contacto com um pombo-correio, ainda antes de experimentar o “mundo” dos golos e das grandes defesas.
Entre os 11 e os 22 anos o Sporting Clube de Portugal foi a sua casa (saiu do conjunto verde e branco em 1980). Como guarda-redes passou depois por clubes como o Recreio Desportivo de Águeda, a União Desportiva de Leiria, o Clube de Futebol Os Belenenses, o Amora Futebol Clube, tendo terminado a carreira de jogador, ao serviço do Atlético Clube de Portugal (época 1997/1998). Foi internacional por Portugal nas camadas jovens, tendo participado no Mundial sub20, em 1980, no Japão (prova vencida pela Argentina de Diego Maradona, em que Portugal foi eliminado nos quartos-de-final pelo Uruguai, após vitória por 1-0 no prolongamento).
Abandonou os relvados por pouco tempo. A sua vida profissional continuou ligada ao futebol, tendo iniciado a carreira como treinador de guarda-redes na época 2001/2002, na equipa B do clube que o formou como jogador, o Sporting Clube de Portugal. Saiu da equipa leonina em 2006, quando decidiu abraçar o projeto de Fernando Santos que, na época, se preparava para orientar o Sport Lisboa e Benfica. Com o atual selecionador português viajou para a Grécia, onde acompanhou “o engenheiro” nos trabalhos na equipa de Salónica, o PAOK, 3 épocas, e na seleção Grega, em 4 temporadas (apuramento e fase final do Euro2012 e do Mundial2014). O regresso, pela porta maior, ao futebol português aconteceu em 2015, acompanhando novamente Fernando Santos. Durante o trajeto houve outra paixão que nunca foi esquecida, a columbofilia.
Vários “atletas” da sua colónia competiram, durante a campanha desportiva de 2017, nas provas, ao nível da coletividade, da Sociedade Columbófila de Sacavém, ao nível distrital nas da Associação Columbófila do Distrito de Lisboa (ACD Lisboa) e, a nível nacional, nos Campeonatos Nacionais organizados pela FPC.
Fernando Justino, quando não tem compromissos profissionais, tem por hábito ir até ao Columbódromo Internacional Gaspar Vila Nova assistir ao dia da prova final, que este ano decorre a 2 de setembro.
Já depois de ter ajudado Rui Patrício a ser considerado o melhor guarda-redes do último Campeonato da Europa, foi agraciado com o Grau de Comendador da Ordem de Mérito pelo Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, tendo ainda, no passado mês de julho, dado o seu contributo para o inédito 3º lugar de Portugal na estreia na Taça das Confederações, na Rússia. No futebol os objetivos passam, agora, por levar Portugal a conseguir o apuramento para o Mundial de 2018, na Rússia. Na columbofilia os seus “atletas” têm somado bons resultados e Fernando Justino quer continuar a competir e a praticar este “hobby que muitos amadores amam”, confessou.
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